Bioshock , foi desde já , o principal candidato a jogo do ano de 2007 , fruto de uma realização ambiciosa que deu origem a um título tecnicamente quase perfeito e com uma jogabilidade sem paralelo em qualquer geração de consolas .
A recolha de Adam em Rapture faz-se através das Little Sisters . Estas são pequen raparigas que retiram Adam dos cadáveres com uma longa seringa , processando-o de seguida nos seus próprios corpos . Durante este processo são protegidas pelos Big Daddies , brutamontes vestidos com escafandros que reagem com força mortal a qualquer agressão direccionada sobre as Little Sisters , quer seja efectuada pela nossa personagem ou por um grupo de Splicers mais atrevidos . A relação entre os Big Daddies e as Little Sisters é intrigante ; basta aproximarmo-nos de umas destas raparigas para o Daddy produzir um urro de aviso , apontando a arma na nossa direcção e , caso estejamos demasiado perto , aplica-nos um valente empurrão . Encetar um combate contra um Big Daddy é dançar com a morte : estes são sem dúvida os adversários mais poderosos e perigosos de Bioshock . A esperança de vitória passa acima de tudo por um boa preparação , utilizando as nossas habilidades e as armas mais adequadas á tarefa . A vitória é agridoce : o sabor de uma batalha bem travada e vencida é substituído por algum pesar quando vemos a Little Sister a chorar junto ao cadáver , pedindo a "Mister Bubbles" (alcunha pela qual tratam os seus protectores) que se levante . Sozinhos com as Little Sisters , somos confrontados com uma decisão que se repetirá até ás ultimas´etapas do jogo e que influenciará a qual dos dois finais disponíveis acederemos : recolher o Adam por completo aniquila estas crianças , equanto salvá-las apenas nos fornece metade do Adam disponível nos seus corpos . A decisão , como tudo em Bioshock , cabe ao jogador .
Constituido sobre a tecnologia de Unreal Tournament 3 , Bioshock é também um espectáculo no campo gráfico . O detalhe do grafismo é fabuloso , dando-nos a sensação credível de que nos encontramos numa cidade submersa no fundo do Atlântico , e os jogos de luzes efectuados sobre a água , os efeitos sonoros de luxo e uma banda sonora instrumental que respeita os tempos de entrada ajudam a pintar um quadro fabuloso . Ficamos de pé atrás apenas devido ao tempo que algumas texturas demoras a carregar , problema que curiosamente já registámos noutros títulos que partilham do mesmo motor .
Bioshock é um claro exemplo de uma obra desenvolvida por uma equipa dedicada , uma obra de amor , se quiserem . É uma montanha-russa de emoções que ultrapassa sem problemas a barreira das 20 horas de jogo num enredo intrigante e que reserva um twist altamente supreendente (perto do final). Desfrutem dele como quiserem : como um normal FPS , utilizando ou não os Plasmids , cingindo-se apenas a uma mão-de-obra destas ou tentando recolhê-los por inteiro ; salvem as Little Sisters ou recolham o seu Adam impiedosamente ; desfrutem os Bid Daddies ou afastem-se destes assuatadores titãs . Apenas uma decisão se afigura obrigatóriamente em Bioshock : jogá-lo .
Opinião final - Uma mistura rica em FPS , RPG e aventura , Bioshock desafia convenções para nos apresentar um título onde as escolhas do jogador estão em primeiro lugar numa jogabilidade inventiva e inovadora . Não é um jogo perfeito , mas é sem dúvida uma experência inesquecível . O principal candidato a jogo do ano de 2007 apresentou o seu caso .
Gráficos 9/10 - Rapture foi criada com um design fabuloso e um detalhe fora de série .
Jogabilidade 10/10 - Diversa , inventiva e sempre cativante .
Som 10/10 - Desde vozes aos diversos efeitos , é um luxo .
Longevidade 9/10 - Com a exploração intensa a aventura vai para além das 20 horas -
Um jogo obrigatório .
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