quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Antevisão PC: SPORE

A revolução da teoria da evolução… Spore!


O nome já nos diz muito... Como o seu criador, Will Wright. Desde revolucionar a indústria dos videojogos em 1989 com SimCity, até criar o jogo para PC mais vendido de sempre, o The Sims, penso que ambos dispensem apresentações, Will Wright sempre criou jogos que levavam o jogador ao limite. Desde criar cidades, colónias de formigas, campos de golfe e até vidas humanas, Will Wright nunca parou de proporcionar aos jogadores grandes jogos e grandes experiências. A pergunta é se é: possível fazer mais alguma coisa!? A Maxis já nos mostrou que tem capacidade para fazer jogos de excelência, jogos que viciam tanto os mais pequenos como os mais adultos, jogos tanto para o jogador “casual” como para o jogador “hardcore”. O que é que esta produtora (produtora entre aspas, pois pertence à EA…) liderada por Will Wright nos vai trazer mais!? Que mais podem fazer!? Eis que surge Spore…

Cansados de construir cidades em Simcity? Controlar vidas ignóbeis em The Sims? Então que tal serem Deus e criarem uma espécie vossa? Para o criador comum este é daqueles projectos impossíveis de realizar… Não para Will Wright. A essência de Spore é esta mesma, podermos moldar a evolução de uma espécie. Se Darwin visse isto atirava-se a um rio. Spore vai dar ao jogador a possibilidade de criar vida, controlar a sua evolução, e até controlar o universo! O grande trunfo de Spore está no seu editor, este jogo aposta na criatividade do jogador, qualquer criatura imaginável pelo Homem pode ser criada no Spore, mas não pensem que para mexer com o editor de criaturas do jogo vão precisar de um curso de multimédia de imagem e aprender a mexer em programas muito complexos. Este editor permite até a um jogador de 3 anos divertir-se a fazer a sua criatura de 5 pernas e 9 olhos e pô-la a andar e a dançar pelo ecrã do PC, mas não é por isso que os jogadores mais “hardcore” não vão poder fazer criaturas únicas, e quem sabe até uma criatura igual ao ser humano, este editor é pensado para todos. Mas Spore não se fica só por fazer criaturas e divertirmo-nos a escrever o seu percurso pela história do nosso planeta, esse jogo vai ousar muito, muito mais…

Spore vai ter 2 modos de jogo: o modo sandbox, em que o jogador poderá “brincar” literalmente com os editores de jogo e com as várias fases do jogo sem se preocupar em evoluir a sua espécie ou conquistar e conhecer maior parte do universo; e o modo de jogo de evolução, que está dividido em 5 fases (fase charco, fase criatura, fase tribal, fase civilização e, por fim, a fase espaço).
É neste modo que começa a aventura da evolução pelas nossas mãos (só penso no Darwin a dar voltas na cova!) …
A fase charco é o início do jogo, aqui criamos nada mais, nada menos que a nossa célula! Nesta fase o jogo vai ser muito semelhante a Pacman, o nosso objectivo é assimilar as outras células mais pequenas e ao fazermos isto vamos acumulando ADN e aumentando a nossa célula para esta poder ir assimilando outras células maiores. O objectivo de acumular a maior quantidade de ADN é para quando passarmos à fase seguinte do jogo (a fase criatura) podermos moldar a nossa criatura com mais liberdade, o ADN vai funcionar como moeda para podermos pôr mais patas ou mais olhos na nossa criatura, ou pôr aquela boca enorme e termos uma criatura comilona (pois até isto vai dar…)! Acabando a fase charco somos direccionados para o editor para criarmos verdadeiramente o nosso ser (nesta fase começamos logo em terra, iria existir uma sub-fase aquática do jogo, mas este ainda nem saiu e já se sabe que vão existir expansões…).
Oh, mundo novo… Agora controlamos o nosso ser e temos um mundo inteiro para explorar… A fase criatura! Tendo um modo de jogo semelhante a Diablo, nesta fase o objectivo é também um pouco como no The Sims. Temos um ser às nossas ordens, ou seja, vamos ter de o alimentar, fazer sobreviver no planeta desconhecido em que se encontra e encontrar os seus semelhantes para cumprir o seu objectivo de vida, procriar! Uma vez encontrados os nossos irmãos seres e sobrevivido em conjunto aos obstáculos encontrados como criatura formamos a nossa tribo, e passamos à próxima fase do jogo, a fase tribal.
Esta fase do jogo é como Populous, agora em vez de controlarmos um ser só, controlamos uma tribo inteira! Aqui poderemos experimentar verdadeiramente ser deuses e lançar a um bando de criaturas muito pouco evoluídas, com inteligência de macacos, um pote com lanças e ver como estas as utilizarão (podem também experimentar pôr um tambor…). Esta fase vai consistir em evoluir em termos materiais e tecnológicos a nossa tribo, para que esta passe da idade da pedra para a idade industrial, o que nos leva à próxima fase do jogo, a fase civilização!
Se até agora pensavam que o jogo vai ser algo de fenomenal então é melhor agarrarem-se às cadeiras, pois é nesta fase que o jogo realmente arranca para outra dimensão! Agora já não controlamos um conjunto de criaturas ignóbeis, mas sim uma cidade cheia delas. Estas já não são “ ignóbeis”, agora são inteligentes o suficiente para construir cidades, veículos e até criarem as suas próprias leis! Esta fase do jogo é muito semelhante a SimCity, mas vai buscar o melhor de Civilization, Risco e Age of Empires. O nosso objectivo agora é conquistar o planeta, destruindo e aniquilando estrategicamente (ou com uma bomba…) as outras civilizações que habitam nas mesmas terras que nós. Mas o jogo não se fica só por aqui, nós a partir desta fase ainda vamos de ter de dar mais largas à imaginação, pois o jogo disponibiliza um editor único para nós criarmos os nossos carros de combate, prédios e até simplesmente a torre de vigia da cidade!
Mas ainda há mais… Já fomos uma célula, criamos um ser, vimo-lo evoluir, combatemos com ele, progredimos com ele… E agora? Spore acaba por aqui!? Nem pouco mais ou menos! A última fase de Spore torna este jogo “o mais esperado de sempre”, já não bastava ser ousado e magnífico ao ponto de dar ao jogador a oportunidade de criar a sua própria espécie e possibilitar que este controlasse um planeta inteiro, Spore ousa ir mais longe. Spore decide alcançar as estrelas e o universo por inteiro. Na última fase do jogo, segundo Will Wright, começa a verdadeira diversão. A fase espaço. As suas criaturas já conquistaram o planeta, têm várias cidades e um império vastíssimo. Agora o jogador vai criar a sua própria nave e partir à descoberta! Claro que temos um editor para fazer a nossa nave, quer seja fã de Halo, Star Wars, Star Trek ou até mesmo do E.T. pode fazer a sua nave do formato que quiser e ir até à última fronteira. Esta última fase do jogo consiste em colonizar outros planetas, fazer aliançar com outras espécies, atacar outras espécies… e conseguir controlar e conhecer o universo de Spore.
A última fase do jogo já é algo de único. Segundo a Maxis vamos ter um Universo com mais de 1 milhão de planetas, e até pode vir a ser mais, isto devido a uma avançado sistema de compactação de ficheiros que permite ao jogador poder ter tanto planeta no seu disco rígido, mas mais uma vez Spore vai ousar. Spore vai funcionar como um Massive Single-player Online Game (termo criado para Spore), ou seja, nós vamos poder jogar ligados à Internet, o que permite inúmeras vantagens para o jogador, e sempre que jogarmos o computador vai registar a nossa forma de jogar, e o nosso planeta no Universo Spore vai ter uma espécie que é a nossa. Mas para permitir que outro jogador veja a nossa espécie enquanto nós não jogamos, os nossos seres vão interagir com o outro jogador como nós interagiríamos se fossemos confrontados com outra espécie, pois o computador registou a nossa forma de jogar e registou-a na Internet para esta aparecer nos jogos dos outros jogadores. O mesmo se vai passar connosco, isto vai evitar que nós no nosso jogo sejamos constantemente atacados por outros jogadores que joguem a horas que nós não jogamos, podendo os conquistar as nossas colónias ou o nosso planeta mãe, por isso vamos ter um vasto universo para conhecer e conquistar criado por pessoas em todo o mundo e vamos poder saborear do maior sossego de sermos nós o senhor do nosso universo. É por isto que Spore é um God-Game, dá a sensação ao jogador de ser Deus.

Fiquem descansados que Spore vai ser bastante amigo do jogador, não fosse este criado para todo o público em geral. Com data marcada para 7 de Setembro de 2008 e anunciado desde a E3 de 2005, Spore já tem fãs por todo o mundo, ainda não foi lançado mas já acumulou inúmeros prémios das mais conceituadas feiras de electrónica. A obra-prima de Will Wright tem nas costas o peso de poder vir a ser o próximo “jogo mais vendido de sempre”. Ambicioso, ousado e magnífico são palavras que definem Spore e o seu conceito. Esperamos ansiosamente pelo lançamento do “jogo mais esperado de sempre”.

2 comentários:

Miguel disse...

Grande Antevisão The King!

Hydrus disse...

Excelente antevisao King!